domingo, 22 de dezembro de 2013

“Arco-íris”


Banana Yoshimoto conta-nos, através de uma linguagem simples e acessível a qualquer pessoa, a história de vida de uma jovem empregada de mesa que, no seu ver, tem o melhor emprego do mundo.
Eiko fica sozinha, depois da morte da sua avó e da sua mãe, e o seu mundo era, agora num restaurante em Tóquio, onde trabalha. O “Arco-Íris” (o tal restaurante), que confeciona comida originária do Taiti, adequando-se, assim, na perfeição, aos seus sonhos de Eiko.
O restaurante era acessível a todas as pessoas e era frequentado por clientes muito diversos: representantes do governo polinésio de visita turística, músicos, estudantes de dança taitiana ou gente que no passado viveu no Taiti. Eiko gostava imenso do contacto com os clientes, por isso adorava servir à mesa. Mas por vezes, o ritmo do trabalho era mais intenso, e ela chegava ao ponto de desmaiar devido ao cansaço pois, o Bairro de Tóquio situava-se no mais importante mercado de peixe da capital. O patrão convidou-a para se tornar governanta da sua casa, temporariamente, até ter forças para voltar ao “Arco-Íris”, que era o que ela mais queria.
Assim que chegou à casa do patrão, ficou a conhecer a sua patroa, era uma mulher fria e distante, conheceu também o cão e o gato, ambos como o mesmo nome, Tarô, que estavam doentes.
 Passado pouco tempo Eiko começa a ver que o casamento dos seus patrões não era muito estável e que o bebé de quem a patroa estava à espera nem era do seu patrão. 
Eiko dedica-se à limpeza da casa, e a tratar dos animais que ficam tão unidos que são eles que lhe vão dar força para ela poder voltar a trabalhar no restaurante. A aproximação do seu patrão, Takada, é cada vez mais evidente e ao mesmo tempo começa a crescer um amor entre eles.
Apesar de todo o amor que sentiam um pelo outro a questão do divórcio de Takada e a sua mulher não era, de todo, uma opção, então Eiko, triste e desiludida parte para o Taiti e outros destinos paradísicos.
E é aí que Eiko acaba por encontrar a estabilidade que não tinha desde a morte da sua avó e da sua mãe. Até que, na última noite em Bora Bora, decide enviar um fax para o seu patrão Takada. Que dizia: “ Vi o tubarão cor de limão. Era magnífico, exactamente como o senhor mo descreveu. Assim que regressar, telefono logo ao director, de maneira a poder retomar o mais depressa possível o meu trabalho no Arco-Íris. Verá que me vou esforçar ainda mais do que antes. Saiba, que apesar de eu não lho ter conseguido dizer pessoalmente, durante o período que estive em sua casa, também senti aquilo que o senhor sentia. Gostava muito de poder continuar a ver aquelas mesmas coisas e de trabalhar no duro juntamente consigo. Pela minha parte estou disposta a aceitar qualquer coisa.” Na manhã seguinte Eiko vai para o barco para voltar ao Japão, e nisto corre uma senhora a dizer que tem uma carta para ela, Eiko abre e reconhece a letra de Takada, que dizia para ela ligar para ele e que tinha saudades do gato Tarô e dela.
O livro acaba:
«Isto é um sinal do destino. Um sinal demasiado belo para ser verdade. Fixo na memória este panorama e depois não olharei para mais nada, deixarei que as coisas sigam o seu curso, pensei, quase a rezar. Enquanto isso, de olhar fito no céu, observava aquele pequeno arco-íris que brilhava imóvel.»
O livro é muito acessível e mostra-nos algumas realidades de diferentes países e culturas, o que se adequa na disciplina de Educação Intercultural.

Fála-nos da Tóquio e do Taiti, por exemplo, duas realidades e culturas bastante diferentes.


(Capa do livro)



(Autora do livro: Banana Yoshimoto)



(Cartaz do livro feito em Layar)

Publicado por: Ana Cardoso 

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