segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Mundo

Mundo…..
Mundo de que ?
Mundo de quem ?
Mundo para quê?

O mundo, é aquilo que nós enquanto seres humanos, fizemos, fazemos, e continuaremos a fazer dele. É no mundo onde encontramos o outro, onde encontramos a paz, onde encontramos o amor, a justiça, a compaixão, onde encontramos tudo aquilo que nos envolve enquanto pessoas que vivem constantemente rodeados pelo “outro”. Mas o mundo, não é meramente o mar de rosas que nós gostaríamos que fosse, é uma densa “bolha” complexa que traduz a envolvência de tudo o que de melhor e pior existe. Num mundo tão complexo, composto por pessoas tão diferentes e ao mesmo tempo pessoas tão iguais, as desigualdades são latentes, o desrespeito emerge abruptamente, e o conflito surge. É neste sentido, que por vezes na vida, quando pensamos que já nada nos pode surpreender, encontramos agradáveis surpresas, uma delas o projeto “Intendarte” que faz parte do programa “Escolhas”. Foi na nossa ida à bela e densa cidade de Lisboa que nos confrontámos com algo, que para nós, é digno, verdadeiro e importante trabalho social. O meio social com que nos deparámos é realmente algo fascinante, recheado de culturas, pessoas, e cada rua parecia transmitir uma sensação e uma mensagem diferente. Ao mesmo tempo, também existe muita pobreza, miséria, e jovens que precisam de ajuda a vários níveis. É realmente de louvar todo o trabalho desenvolvido, por pessoas como aquelas que estão à frente do projeto “ Intendarte”, pessoas como todos nós, com a única diferença que têm um papel extremamente importante na vida de muitos jovens, pessoas dedicadas, movidas pela vontade de oferecer mais a quem precisa. O projeto “Intendarte” defende uma causa bastante importante, promover o desenvolvimento de competências ao nível pessoal, escolar e profissional de crianças/jovens e pais/cuidadores. Este constitui assim uma enorme resposta social aos demais problemas com que diariamente se deparam todo um conjunto de jovens, capacitando-os, dotando-os de competências através das artes, fazendo-os tomar consciência de que estes são os agentes da sua própria mudança e, portanto os actores principais no difícil papel que por vezes são as suas vidas. É desta forma, que o grupo exprime assim o fascínio pelo excelente trabalho desenvolvido por esta equipa que tão bem desenvolve este projecto, e ao mesmo tempo partilha do mesmo sentimento: “ Num mundo tão complexo, não há palavras que possam descrever a importância da resposta social oferecida por projectos como este, levado a cabo por pessoas movidas pelo sentido de mudança e de um MUNDO melhor”. 

Para mais informações sobre o Programa Escolhas ou sobre o projeto Intendarte podes aceder através dos seguintes links:
http://www.programaescolhas.pt/ - Programa Escolhas

"Russendisko - Discoteca Russa"

Este livro retracta histórias breves e divertidas, sendo que todas elas estão ligadas entre si, escritas para serem lidas num fôlego, o autor relata também um conjunto de contos sobre personagens caricatas, no período seguinte à queda do muro de Berlim, este livro permite ficar a saber vícios, defeitos, costumes dos russos, alemães. Este livro, através dos seus contos, permite-nos perceber o período de emigração russa para a Alemanha, a receptividade destes e o seu funcionamento de apoio social. Este livro, é repleto de interculturalidade, pois fala-nos nos alemães, na adaptação dos russos e judeus ao nosso contexto em que se iriam encontrar, nas diferentes pessoas e costumes que Wladimir foi encontrando ao longo da sua presença em Berlim, desde as demais historias amorosas, as diferentes culturas presentes, que dão vida a todo um enredo de contos estritamente interligados entre si.


(Capa do livro)


(Autor do livro - Wladimir Kaminer)

Publicado por: João Fernandes

"O menino de Cabul"

“O Menino de Cabul” é um livro carregado de momentos em que a cultura e a partilha das mesmas está bem presente, bem como valores como o da amizade e a importância da família

Este livro tem a capacidade de transmitir a quem o lê uma mistura de sentimentos opostos, pois é uma história cheia de reviravoltas e surpresas.

Contudo, este livro que Isabel Allende descreve como “poderoso” relata um conjunto de acontecimentos que marcaram a história de um país, como a invasão das tropas russas (neste caso), um país que como qualquer um apresenta caraterísticas próprias. O livro tem a habilidade/capacidade de relatar e ilustrar momentos de uma forma capaz de envolver e prender o leitor a própria história.


(Capa do livro - versão portuguesa)


(Capa do livro - versão original)


(Autor do livro - Khaled Hosseini)


(Cartaz realizado em Layar sobre o livro)

Publicado por: Joana Fecha

domingo, 22 de dezembro de 2013

"O sonho dos heróis"

É sem dúvida um livro que a sua leitura se faz de uma forma simples, contêm um vocabulário acessível. A narrativa deste livro é muito bem desenvolvida, misturando realismo fantástico com alta densidade psicológica. É um livro, acima de tudo, sobre obsessão. E o final é muito, muito, muito surpreendente. Como leitora recomendo a sua leitura. Pode-se dizer que o autor, Bioy, discursa sobre o fantástico e teve que saber descobrir como conciliar as regras gerais da tradição com suas próprias regras, pessoais.
No livro “O sonho dos heróis”, o ambiente imaginativo nasce principalmente das incertezas da memória: “Vejo como num sonho. Antunes ou algum outro afirmou que eu tinha ganho nas corridas mais do que disse ter ganho. Nesse ponto, tudo se torna confuso e disparatado, como nos sonhos. Devo ter cometido algum erro terrível. Segundo as minhas lembranças, o doutor ficou do lado de Antunes e acabamos a lutar com facas à luz da lua.”
“O sonho dos heróis” não é apenas a história de um indivíduo à procura do seu destino, mas também da sua paixão. Mas nada que se aproxime de um romance histórico. Para mim, leitora, Bioy, reconstruiu a época de O sonho dos heróis com lembranças, sem medo de cometer erros, dizendo que o futuro iria ser tão extenso que os destacaria como detalhes sem importância. 
No caso das personagens estas apresentam-se através de diálogos coloquiais, repletos de expressões dialetas, que nos fazem lembrar que estamos num ambiente real, historicamente reconhecível, e não num imaginário. 
E assim como as melhores narrativas de Bioy, “O sonho dos heróis” é um ponto luminoso na história literária argentina. Depois da sua leitura, os bailes de carnaval e os duelos de faca ao luar jamais serão os mesmos.

Capa do livro 

Autor do livro - Adolfo Bioy Casares

Cartaz do livro feito em Layar

Publicado por: Cátia Barbosa

"O Herói das Mulheres"

  Este livro reúne um conjunto de histórias que misturam o fantástico com a banalidade, com personagens que procuram escrever o seu próprio destino.
   O Herói das Mulheres é um dos últimos livros de Casares, um dos mais importantes escritores latinos do século XX, e nele há informação mais do que suficiente para alimentar a discussão de várias correntes literárias: será fácil dizer que se trata de surrealismo?
   Pode-se no entanto afirmar, com muita certeza, que Bioy Casares apostou no humor e na ironia, como forma de contrabalançar e até mesmo escapar à dureza da realidade vivida em Buenos Aires.
A verdade é que é uma obra riquíssima, cheia de personagens muito humanas, e por isso inesquecíveis e cativantes, mas também de elementos que parecem estranhos ao real, pelo menos àquilo que cremos ser o real. 



Capa do Livro




Autor - Adolfo Bioy Casares


Cartaz


Publicado por: Ana Oliveira


"Mitzváh"

O livro Mitzváh escrito por Alain Elkann é bastante multicultural, pois o autor é um “judeus errante”, como lhe chamava o seu pai. 
Ele passava bastante tempo de viagem porque sentia a necessidade de conhecer lugares e pessoas diferentes, gostava de conhecer religiões diferentes e comparava sempre a sua à dos outros, sendo que por norma ele conseguia sentir-se em casa nos diversos locais por onde passava. O autor defendia que o mundo devia ser apenas um, pois todas as religiões se podiam interligar. Como exemplo, ele afirma que“os judeus são parte da vida cristã e os cristãos são parte da vida judaica. Temos de reencontrar com os muçulmanos a mesma naturalidade, os mesmos pensamentos”. Estes aspetos tornavam-no diferente dos restantes judeus.



Capa do Livro


 Autor - Alain Elkann


Cartaz - Layar

Publicado por: Sofia Pocinho

“Arco-íris”


Banana Yoshimoto conta-nos, através de uma linguagem simples e acessível a qualquer pessoa, a história de vida de uma jovem empregada de mesa que, no seu ver, tem o melhor emprego do mundo.
Eiko fica sozinha, depois da morte da sua avó e da sua mãe, e o seu mundo era, agora num restaurante em Tóquio, onde trabalha. O “Arco-Íris” (o tal restaurante), que confeciona comida originária do Taiti, adequando-se, assim, na perfeição, aos seus sonhos de Eiko.
O restaurante era acessível a todas as pessoas e era frequentado por clientes muito diversos: representantes do governo polinésio de visita turística, músicos, estudantes de dança taitiana ou gente que no passado viveu no Taiti. Eiko gostava imenso do contacto com os clientes, por isso adorava servir à mesa. Mas por vezes, o ritmo do trabalho era mais intenso, e ela chegava ao ponto de desmaiar devido ao cansaço pois, o Bairro de Tóquio situava-se no mais importante mercado de peixe da capital. O patrão convidou-a para se tornar governanta da sua casa, temporariamente, até ter forças para voltar ao “Arco-Íris”, que era o que ela mais queria.
Assim que chegou à casa do patrão, ficou a conhecer a sua patroa, era uma mulher fria e distante, conheceu também o cão e o gato, ambos como o mesmo nome, Tarô, que estavam doentes.
 Passado pouco tempo Eiko começa a ver que o casamento dos seus patrões não era muito estável e que o bebé de quem a patroa estava à espera nem era do seu patrão. 
Eiko dedica-se à limpeza da casa, e a tratar dos animais que ficam tão unidos que são eles que lhe vão dar força para ela poder voltar a trabalhar no restaurante. A aproximação do seu patrão, Takada, é cada vez mais evidente e ao mesmo tempo começa a crescer um amor entre eles.
Apesar de todo o amor que sentiam um pelo outro a questão do divórcio de Takada e a sua mulher não era, de todo, uma opção, então Eiko, triste e desiludida parte para o Taiti e outros destinos paradísicos.
E é aí que Eiko acaba por encontrar a estabilidade que não tinha desde a morte da sua avó e da sua mãe. Até que, na última noite em Bora Bora, decide enviar um fax para o seu patrão Takada. Que dizia: “ Vi o tubarão cor de limão. Era magnífico, exactamente como o senhor mo descreveu. Assim que regressar, telefono logo ao director, de maneira a poder retomar o mais depressa possível o meu trabalho no Arco-Íris. Verá que me vou esforçar ainda mais do que antes. Saiba, que apesar de eu não lho ter conseguido dizer pessoalmente, durante o período que estive em sua casa, também senti aquilo que o senhor sentia. Gostava muito de poder continuar a ver aquelas mesmas coisas e de trabalhar no duro juntamente consigo. Pela minha parte estou disposta a aceitar qualquer coisa.” Na manhã seguinte Eiko vai para o barco para voltar ao Japão, e nisto corre uma senhora a dizer que tem uma carta para ela, Eiko abre e reconhece a letra de Takada, que dizia para ela ligar para ele e que tinha saudades do gato Tarô e dela.
O livro acaba:
«Isto é um sinal do destino. Um sinal demasiado belo para ser verdade. Fixo na memória este panorama e depois não olharei para mais nada, deixarei que as coisas sigam o seu curso, pensei, quase a rezar. Enquanto isso, de olhar fito no céu, observava aquele pequeno arco-íris que brilhava imóvel.»
O livro é muito acessível e mostra-nos algumas realidades de diferentes países e culturas, o que se adequa na disciplina de Educação Intercultural.

Fála-nos da Tóquio e do Taiti, por exemplo, duas realidades e culturas bastante diferentes.


(Capa do livro)



(Autora do livro: Banana Yoshimoto)



(Cartaz do livro feito em Layar)

Publicado por: Ana Cardoso 

sábado, 21 de dezembro de 2013

O cinema no mundo...

Não existe uma altura certa, uma data específica que identifique como tendo sido naquele dia que a arte do cinema nasceu para o mundo.
Contudo são muitos os momentos que podem ter sido fulcrais para o desenvolvimento desta área. Um deles remete para o dia 28 de Dezembro de 1895, onde os Irmãos Luminère apresentaram em público, no Salão Grand Café em Paris, aquilo que lhe chamariam Cinematógrafo e que iria marcar o nascimento da indústria do cinema. Pouco a pouco nascia uma nova arte que iria conquistar o mundo e tornar-se numa indústria multibilionária. Nasceu assim a que por muitos é considerada a sétima arte.
Cinema é definido como a “arte de compor e realizar filmes destinados a serem projeções cinematográficas” ("cinema", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/cinema.)
Consiste então num conjunto de invenções que vão desde do domínio fotográfico à síntese do movimento. No início, os filmes eram praticamente silenciosos, mas com o avançar da tecnologia podemos observar é que desde do início até aos dias de hoje a evolução desta arte tem sido incrível.
Falemos então daquela que é a zona do planeta onde se concentra a maior parte das empresas do ramo cinematográfico, estamos referirmo-nos com tal a Hollywood.
Inicialmente eram países como a França e a Itália que dominavam na arte do cinema, mas com a primeira guerra mundial, a indústria cinematográfica europeia ficou arrasada dando assim oportunidade aos Estados Unidos da América para se afirmarem no mercado. E assim foi. Griffith, diretor de cinema estaduniense, numa viagem à Califórnia descobriu uma vila ideal para a filmagens, essa vila tinha o nome de Hollywood. Foi assim que inúmeros produtores independentes se deslocaram de Nova Iorque para a costa oeste. Nasceu assim o centro da indústria cinematográfica do planeta.
Ao longo dos anos seguintes foram fundados aqueles que agora são três dos mais importantes estúdios de cinema, Fox (20th Century Fox, atualmente), Universal, Paramount.
Deixemos agora de parte a indústria cinematográfica norte-americana e percorrendo o mundo, encontramos outras de renome internacional. Podemos falar então de Bollywood ou, mais discreta mas também relevante, Nollywood.
Bollywood é a indústria cinematográfica de língua hindi e é maior indústria de cinema indiana.
O nome surge da fusão de Bombaim (antigo nome dado a cidade de Mumbai e onde esta indústria se encontra sediada) com Hollywood (aqui podemos ver a influência que a indústria cinematográfica norte-americana têm no resto do cinema mundial).
Foi só a partir de 2000 que o seu grau de popularidade no mundo aumentou drasticamente e com isso houve avanços no que diz respeito à qualidade técnica dos filmes.
Os filmes de Bollywood, bem como os restantes filmes indianos, são na sua maioria musicais. Quando falamos em Bollywood, nós associamos muito aos filmes a dança indiana. Todos eles são uma junção de música, dança, comédia, romance, ação daí serem designados de masala. O termo na realidade é ligado a culinária indiana e significa mistura de especiarias. Mas neste acaso, é feito uma analogia, pois os filmes realizados em Bollywood são uma misturam diferentes aspetos.
No que diz respeito a Nollywood, esta tem vindo a apresentar um enorme crescimento nos últimos anos devido às suas características únicas. Nollywood foi o nome dado ao cinema da Nigéria.
É uma indústria onde todas as suas produções são feitas em vídeo. Grande parte dos filmes produzidos não tem uma distribuição oficial, são raras as salas de cinema existentes no país. Aposta-se então na venda ao público. Em média uma produção de Nollywood têm duração de 10 dias.
O que elevou esta indústria no mercado cinematográfico centra-se, fundamentalmente, na temática dos filmes e por estes se relacionarem diretamente com o público local. São abordadas as preocupações da população em geral, os conflitos, as realidades que estão presentes diariamente nas suas vidas, bem como, procuram ir ao encontro do próprio imaginário do público-alvo.
É então uma indústria que ainda se encontra em fase de crescimento, contudo é uma indústria da qual não a há muita informação a nível estatístico.

Assim sendo, no mundo não há só Hollywood, há outro tipo de cinema necessário ser visto.  Mas no fundo todos eles são idênticos, todos eles procuram contar uma história, por mais real ou imaginária que ela possa ser.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Mutilação Genital Feminina


A Mutilação Genital Feminina consiste na remoção parcial ou total da genitália externa da mulher. Esta prática ainda está presente em diversas culturas e geralmente é realizada quando as vítimas são ainda crianças, por vontade da família e do grupo social onde vivem ou de onde são originários (no caso das famílias imigrantes).
A mutilação pode ser realizada de diversas maneiras, como o corte apenas do clítoris e o corte completo dos lábios vaginais com a costura quase completa da cavidade vaginal, deixando apenas um espaço mínimo para a passagem da urina e do fluxo menstrual.
São diversas as razões que motivam a persistência da mutilação genital. Dentre elas, podem ser destacadas razões sociais, estéticas (o órgão genital é considerado feio e impuro antes da mutilação), religiosas, sexuais (limita o desenvolvimento saudável da sexualidade da mulher) e económicas (as pessoas que executam este ritual auferem rendimentos que garantem o seu sustento).
Em regra a prática da mutilação feminina ocorre durante festividades culturais e não leva em conta cuidados de higiene, sendo efectivada com lâminas ou outros instrumentos não esterilizados. Por este motivo e tendo conta a região sensível do corpo da mulher que é afectada, é comum que a prática da mutilação cause às vítimas dor excessiva, sangramento, infecções nos órgãos reprodutores internos e externos e também no sistema urinário, dificuldades na eliminação da urina, fezes e fluxo menstrual, complicações nos partos, dificuldades e dor nas relações sexuais, para além de consequências psicológicas (depressão, medo de ter relações sexuais e de ter filhos, dentre outras).
Em Portugal a mutilação genital feminina é crime, enquadrando-se nas ofensas à integridade física grave (conforme artigo 144º do Código Penal), cuja pena aplicável é de prisão de dois a dez anos.

sábado, 14 de dezembro de 2013

CNAI de Lisboa


Na passada semana foi-nos dada a oportunidade de conhecer O Centro Nacional de Apoio ao Imigrante (CNAI), de Lisboa.
Estes centros foram criados em 2004, para dar resposta a algumas das dificuldades sentidas pelos imigrantes no seu processo de integração em Portugal.
Problemas como as diferenças culturais, as diferenças na organização da sociedade, as diferenças no sistema legislativo, a quantidade de serviços diferentes aos quais os imigrantes tinham de recorrer, levaram o Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas (o ACIDI), a criar um centro que reunisse, num só espaço, diferentes serviços, diferentes instituições e gabinetes de apoio ao imigrante, ou seja, um espaço pensado especialmente para o imigrante.
Este projeto já teve as suas glórias, sendo distinguido em 2005 com o primeiro lugar do Prémio Boas práticas no setor público, na categoria de atendimento a clientes. O mesmo não é de estranhar, pois tivemos a informação que por cerca de 600 atendimentos que esta organização realiza por dia, apenas apresenta 12 reclamações por ano.

Parabéns CNAI!

Filme: River Queen - Dois Mundos em Guerra


River Queen – Dois Mundos em Guerra, é um filme do ano de 2005, mas que continua atual devido à sua abordagem. É considerado um drama histórico que retrata a colonização britânica da Nova Zelândia.
Este filme aborda, pormenorizadamente, os britânicos que mantinham postos militares avançados, e a cada momento de invasão do território enfrentavam a forte reação das tribos Maori, uma tribo cheia de tradições e com ideais bem definidos. Esta história é então caracterizada pelo desespero dos Maori para preservar a sua forma de vida e os seus costumes.
No meio dessa tragédia, a filha de um cirurgião britânico militar na Nova Zelândia apaixona-se por um nativo. O fruto da relação é o nascimento de uma criança mestiça, que acaba por perder o pai numa guerra entre a tribo e as tropas militares. Mais tarde, esta criança é raptada pelo avô Maori, passando a morar na tribo e a adotar todas as suas tradições.
Conhecedora de medicina, de uma hora para outra, Sara é chamada e obrigada a cuidar do grande chefe Maori, que havia sido infetado pelo vírus da gripe. Lá, reencontra o filho. Este, entretanto, está completamente integrado na cultura Maori, recusando-se a voltar.

O que achas que acontecerá? Atreve-te a descobrir :)

[ Este filme é um exemplo de que a raça e as diferenças culturais são apenas um pormenor mínimo no meio de coisas tão grandes, e uma prova de que o destino acabou por juntar duas pessoas que se odiavam, mas que necessitavam uma da outra, pondo de lado todas as diferenças multiculturais e crenças. ]

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Filme - "O tempo dos ciganos" - Emir Kusturica

Este filme conta a história de um menino filho de um soldado e de mãe cigana, Perhan é criado pela avó materna com a sua irmã doente, o tio mulherengo e o peru que ele adoptou. O seu desejo é casar-se com a sua paixão de infância, mas a mãe da jovem opõe-se determinantemente. Perhan não tem outra solução senão ganhar bastante dinheiro, na esperança de poder conseguir a mão da jovem... mas como?
Vê para saberes como foi.

Filme - "El Extranjero Loco" - Gadjo dilo (Tony Gatlif)


Para um bocadinho para veres, olha que vai valer a pena. 
Este filme conta a história de um músico francês, Stéphane, que anda pela Roménia à procura de uma cantora cigana, que apenas conhece pela voz, graças a umas cassetes que o seu pai ouvia obsessivamente antes de morrer. Chega a uma aldeia cigana e tenta falar com um velho. Stéphane não sabia falar a língua dele nem conseguia ser entendido. A verdade é que mesmo sem ser entendido houve um velho que acabou por o hospedar em sua casa. No meio deste ambiente todo passado algum tempo Stéphane "mergulha no universo" cigano que desconhecia em absoluto. É então que Stéphane conhece Sabina, uma cigana que viveu na Bélgica e que começa a desconfiar do "estrangeiro louco".

O risco de uma história única

http://www.ted.com/talks/lang/pt/chimamanda_adichie_the_danger_of_a_single_story.html?~

Esta conferência é um excelente exemplo dos riscos de uma história única. O que é isto de história única? a histórica única é um conjunto de ideias preconcebidas à cerca de alguma coisa. A pessoas julga um país, uma pessoa pelo que vê através dos mass media  por exemplo, sem se importar em conhecer aquela realidade, a realidade daquele país, e é o que muito acontece todos nós comentamos que África é um continente muito pobre, e sim, pode ser verdade, mas também é um continente onde pessoas, tal como esta escritora, tem estudos, importam-se com que acontece em todo o mundo e querem fazer alguma coisa para tornar este mundo melhor. Enquanto existirem estes preconceitos vai sempre haver pessoas, como a tal colega de quarto, que ficam super espantadas quando vêem pessoas de cor de "chocolate" a falar inglês, ou a utilizar um fogão. Há que mudar este pensamento e em vez de fazermos uma história única porque não fazer uma história dupla? A tal história feita preconcebida através dos mass media e outra resultado de uma pesquisa feita com, paço a expressão " cabeça, corpo e membros".

Aqui fica a dica, vejam esta conferência e dediquem um pouco do vosso tempo a investigar e a cultivarem-se culturalmente...

O preconceito

Preconceito é uma ideia pré-concebida, que se manifesta geralmente na forma de uma atitude discriminatória perante pessoas, lugares ou tradições considerados estranhos na sociedade.
Apesar de nem sempre os procurarmos, não nos conseguimos livrar deles, pois os preconceitos representam uma categoria de pensamentos marcantes no nosso dia-a-dia que por vezes praticamos sem ter consciência disso.
Os tipos mais comuns de preconceito são:
- Preconceito social que é desenvolvido a partir da busca, por parte das pessoas preconceituosas, em tentar localizar naquelas vítimas do preconceito o que lhes “faltam” para serem semelhantes à grande maioria.
- Preconceito religioso é algo de hereditário, passado e transportado pelo ódio de uma região que tem uma certa tradição.
- Preconceito racial é caracterizado pela convicção da existência de indivíduos com características físicas hereditárias, determinados traços de caráter e inteligência e manifestações culturais superiores a outros pertencentes a etnias diferentes. O preconceito racial, ou racismo, é uma violação aos direitos humanos. Este começou com o ideal de que um ser ou uma raça era superior a outro. E por isso, tinha o direito a usar o mais fraco para trabalhos como servos e escravos.
- Preconceito sexual que se baseia na discriminação devido à orientação sexual de cada indivíduo.
Podemos verificar que o preconceito só existe porque não se pratica o respeito pelo próximo e que a convivência, através de uma atitude comunitária é, talvez, a forma mais adequada de se reduzir o preconceito.
Segundo Allport (1954), o preconceito é o resultado das frustrações das pessoas, que em determinadas circunstâncias podem-se transformar em raiva e hostilidade.
Por sua vez, Adorno (1950), diz que a fonte do preconceito é uma personalidade autoritária ou intolerante. Pessoas autoritárias tendem a ser rigidamente convencionais. Partidárias do seguimento às normas e do respeito à tradição, são hostis com aqueles que desafiam as regras sociais. Respeitam a autoridade e submetem-se a ela, bem como se preocupam com o poder da resistência. Ao olhar para o mundo através de uma lente de categorias rígidas, não acreditam na natureza humana, temendo e rejeitando todos os grupos sociais aos quais não pertencem. O preconceito é uma manifestação da sua desconfiança e suspeita.
Há também fontes cognitivas de preconceito que afirmam que os seres humanos são “avarentos cognitivos” que tentam simplificar e organizar o seu pensamento social, o máximo possível. A simplificação exagerada leva a pensamentos equivocados, estereotipados, preconceituosos e discriminatórios.
O preconceito leva à discriminação, à marginalização e à violência, uma vez que pode ser baseado nas aparências e na empatia.
Podemos então concluir que sentir preconceito nem sempre é uma opção, mas sim uma atitude natural.

http://www.mundoeducacao.com/sociologia/preconceito.htm
http://www.cidadaniaemrede.pt/index.php?option=com_content&view=category&id=11:preconceitos&Itemid=12&layout=default

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Comidas Estranhas



Filipinas: Balut
Quase todo mundo gosta de ovo cozido. Mas e se o ovo viesse premiado com um feto quase totalmente desenvolvido? Pois essa é uma iguaria que os filipinos vendem nas ruas e adoram comer pelo equilíbrio de texturas e sabores. O balut é um ovo de pata com um embrião desenvolvido de 17 dias - até o ponto de ter penas e bico. Ele é cozido e depois comido na casca, mergulhado em molho de soja e vinagre ou temperado com sal, suco de limão, pimenta-do-reino e coentro. Ao descascar o ovo é possível ver o feto do pato com sua pele translúcida, os olhos e tudo. Quem já provou diz que os ossos da ave conferem à iguaria uma consistência crocante. Não raro, as penas malformadas ficam presas entre os dentes, como um fiapo de manga. Reza a lenda que o balut tem propriedades afrodisíacas. Nas Filipinas, o balut é servido como entrada em restaurantes: cozido, frito em omeletes ou como recheio de tortas.



Tailândia: Ratos
Sabe aquele roedor asqueroso do qual costumamos fugir ou então matamos sem dó? Pois o rato é um dos alimentos que vão à mesa dos tailandeses de várias maneiras. No norte do país, os locais costumam assar o bicho inteiro em uma espécie de churrasqueira improvisada e dividi-lo com os familiares e os convidados como uma iguaria muito especial - embora tenham à mão também porcos, bois e outros animais comestíveis mais comuns, eles preferem os ratos para ocasiões especiais. Os ratos assados são servidos com molho extremamente apimentado e com uma tigela de arroz grudento. Quem já provou diz que o sabor da carne do rato é parecido com a do coelho.
Segundo a Larousse Gastronomique, os ratos ainda são consumidos em algumas partes da França, mas como qualquer item da culinária francesa, são preparados de maneira requintada. No Vietname, a procura é pelas ratazanas prenhas. Em vez da rata, os vietnamitas preferem seu fetos que, dizem, têm a carne muito mais saborosa, aumentam a virilidade e podem ser comidos crus. 


África do Sul: Lagartas fritas
Parece tarefa de reality show de sobrevivência na selva, mas comer um prato de lagartas é algo bastante comum em países do sudeste africano, como Botsuana, Zimbábue, Moçambique, Zâmbia, Namíbia, Angola e Malawi. As lagartas azul-esverdeadas (Imbrasia belina) se alimentam das folhas da mopane, árvore que só ocorre na África. São bem bonitinhas na árvore, mas perdem o apelo depois de colhidas (os galhos são chacoalhados e elas caem no chão), terem o interior espremido para fora, e serem cozidas e secas no sol para reidratação quando necessário. Fonte fácil e gratuita de alimento, a lagarta da mopane contém 60% de proteína e grande quantidade de fósforo, ferro e cálcio. Mas ela tem época certa de colheita: um pouco antes de fazer o casulo, caso contrário, não são tão nutritivas e saborosas. Quem já provou a iguaria diz que o sabor é como o de um papel cartão temperado. Talvez seja por isso que ela geralmente seja servida com um molho. O restaurante Iyavaya, em Joanesburgo, costuma servir a lagarta da mopane frita e acompanhada por molho de tomate apimentado. Ao que parece, a receita faz sucesso, já que o restaurante encomenda 40 kg do verme a cada duas semanas.