segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Mundo

Mundo…..
Mundo de que ?
Mundo de quem ?
Mundo para quê?

O mundo, é aquilo que nós enquanto seres humanos, fizemos, fazemos, e continuaremos a fazer dele. É no mundo onde encontramos o outro, onde encontramos a paz, onde encontramos o amor, a justiça, a compaixão, onde encontramos tudo aquilo que nos envolve enquanto pessoas que vivem constantemente rodeados pelo “outro”. Mas o mundo, não é meramente o mar de rosas que nós gostaríamos que fosse, é uma densa “bolha” complexa que traduz a envolvência de tudo o que de melhor e pior existe. Num mundo tão complexo, composto por pessoas tão diferentes e ao mesmo tempo pessoas tão iguais, as desigualdades são latentes, o desrespeito emerge abruptamente, e o conflito surge. É neste sentido, que por vezes na vida, quando pensamos que já nada nos pode surpreender, encontramos agradáveis surpresas, uma delas o projeto “Intendarte” que faz parte do programa “Escolhas”. Foi na nossa ida à bela e densa cidade de Lisboa que nos confrontámos com algo, que para nós, é digno, verdadeiro e importante trabalho social. O meio social com que nos deparámos é realmente algo fascinante, recheado de culturas, pessoas, e cada rua parecia transmitir uma sensação e uma mensagem diferente. Ao mesmo tempo, também existe muita pobreza, miséria, e jovens que precisam de ajuda a vários níveis. É realmente de louvar todo o trabalho desenvolvido, por pessoas como aquelas que estão à frente do projeto “ Intendarte”, pessoas como todos nós, com a única diferença que têm um papel extremamente importante na vida de muitos jovens, pessoas dedicadas, movidas pela vontade de oferecer mais a quem precisa. O projeto “Intendarte” defende uma causa bastante importante, promover o desenvolvimento de competências ao nível pessoal, escolar e profissional de crianças/jovens e pais/cuidadores. Este constitui assim uma enorme resposta social aos demais problemas com que diariamente se deparam todo um conjunto de jovens, capacitando-os, dotando-os de competências através das artes, fazendo-os tomar consciência de que estes são os agentes da sua própria mudança e, portanto os actores principais no difícil papel que por vezes são as suas vidas. É desta forma, que o grupo exprime assim o fascínio pelo excelente trabalho desenvolvido por esta equipa que tão bem desenvolve este projecto, e ao mesmo tempo partilha do mesmo sentimento: “ Num mundo tão complexo, não há palavras que possam descrever a importância da resposta social oferecida por projectos como este, levado a cabo por pessoas movidas pelo sentido de mudança e de um MUNDO melhor”. 

Para mais informações sobre o Programa Escolhas ou sobre o projeto Intendarte podes aceder através dos seguintes links:
http://www.programaescolhas.pt/ - Programa Escolhas

"Russendisko - Discoteca Russa"

Este livro retracta histórias breves e divertidas, sendo que todas elas estão ligadas entre si, escritas para serem lidas num fôlego, o autor relata também um conjunto de contos sobre personagens caricatas, no período seguinte à queda do muro de Berlim, este livro permite ficar a saber vícios, defeitos, costumes dos russos, alemães. Este livro, através dos seus contos, permite-nos perceber o período de emigração russa para a Alemanha, a receptividade destes e o seu funcionamento de apoio social. Este livro, é repleto de interculturalidade, pois fala-nos nos alemães, na adaptação dos russos e judeus ao nosso contexto em que se iriam encontrar, nas diferentes pessoas e costumes que Wladimir foi encontrando ao longo da sua presença em Berlim, desde as demais historias amorosas, as diferentes culturas presentes, que dão vida a todo um enredo de contos estritamente interligados entre si.


(Capa do livro)


(Autor do livro - Wladimir Kaminer)

Publicado por: João Fernandes

"O menino de Cabul"

“O Menino de Cabul” é um livro carregado de momentos em que a cultura e a partilha das mesmas está bem presente, bem como valores como o da amizade e a importância da família

Este livro tem a capacidade de transmitir a quem o lê uma mistura de sentimentos opostos, pois é uma história cheia de reviravoltas e surpresas.

Contudo, este livro que Isabel Allende descreve como “poderoso” relata um conjunto de acontecimentos que marcaram a história de um país, como a invasão das tropas russas (neste caso), um país que como qualquer um apresenta caraterísticas próprias. O livro tem a habilidade/capacidade de relatar e ilustrar momentos de uma forma capaz de envolver e prender o leitor a própria história.


(Capa do livro - versão portuguesa)


(Capa do livro - versão original)


(Autor do livro - Khaled Hosseini)


(Cartaz realizado em Layar sobre o livro)

Publicado por: Joana Fecha

domingo, 22 de dezembro de 2013

"O sonho dos heróis"

É sem dúvida um livro que a sua leitura se faz de uma forma simples, contêm um vocabulário acessível. A narrativa deste livro é muito bem desenvolvida, misturando realismo fantástico com alta densidade psicológica. É um livro, acima de tudo, sobre obsessão. E o final é muito, muito, muito surpreendente. Como leitora recomendo a sua leitura. Pode-se dizer que o autor, Bioy, discursa sobre o fantástico e teve que saber descobrir como conciliar as regras gerais da tradição com suas próprias regras, pessoais.
No livro “O sonho dos heróis”, o ambiente imaginativo nasce principalmente das incertezas da memória: “Vejo como num sonho. Antunes ou algum outro afirmou que eu tinha ganho nas corridas mais do que disse ter ganho. Nesse ponto, tudo se torna confuso e disparatado, como nos sonhos. Devo ter cometido algum erro terrível. Segundo as minhas lembranças, o doutor ficou do lado de Antunes e acabamos a lutar com facas à luz da lua.”
“O sonho dos heróis” não é apenas a história de um indivíduo à procura do seu destino, mas também da sua paixão. Mas nada que se aproxime de um romance histórico. Para mim, leitora, Bioy, reconstruiu a época de O sonho dos heróis com lembranças, sem medo de cometer erros, dizendo que o futuro iria ser tão extenso que os destacaria como detalhes sem importância. 
No caso das personagens estas apresentam-se através de diálogos coloquiais, repletos de expressões dialetas, que nos fazem lembrar que estamos num ambiente real, historicamente reconhecível, e não num imaginário. 
E assim como as melhores narrativas de Bioy, “O sonho dos heróis” é um ponto luminoso na história literária argentina. Depois da sua leitura, os bailes de carnaval e os duelos de faca ao luar jamais serão os mesmos.

Capa do livro 

Autor do livro - Adolfo Bioy Casares

Cartaz do livro feito em Layar

Publicado por: Cátia Barbosa

"O Herói das Mulheres"

  Este livro reúne um conjunto de histórias que misturam o fantástico com a banalidade, com personagens que procuram escrever o seu próprio destino.
   O Herói das Mulheres é um dos últimos livros de Casares, um dos mais importantes escritores latinos do século XX, e nele há informação mais do que suficiente para alimentar a discussão de várias correntes literárias: será fácil dizer que se trata de surrealismo?
   Pode-se no entanto afirmar, com muita certeza, que Bioy Casares apostou no humor e na ironia, como forma de contrabalançar e até mesmo escapar à dureza da realidade vivida em Buenos Aires.
A verdade é que é uma obra riquíssima, cheia de personagens muito humanas, e por isso inesquecíveis e cativantes, mas também de elementos que parecem estranhos ao real, pelo menos àquilo que cremos ser o real. 



Capa do Livro




Autor - Adolfo Bioy Casares


Cartaz


Publicado por: Ana Oliveira


"Mitzváh"

O livro Mitzváh escrito por Alain Elkann é bastante multicultural, pois o autor é um “judeus errante”, como lhe chamava o seu pai. 
Ele passava bastante tempo de viagem porque sentia a necessidade de conhecer lugares e pessoas diferentes, gostava de conhecer religiões diferentes e comparava sempre a sua à dos outros, sendo que por norma ele conseguia sentir-se em casa nos diversos locais por onde passava. O autor defendia que o mundo devia ser apenas um, pois todas as religiões se podiam interligar. Como exemplo, ele afirma que“os judeus são parte da vida cristã e os cristãos são parte da vida judaica. Temos de reencontrar com os muçulmanos a mesma naturalidade, os mesmos pensamentos”. Estes aspetos tornavam-no diferente dos restantes judeus.



Capa do Livro


 Autor - Alain Elkann


Cartaz - Layar

Publicado por: Sofia Pocinho

“Arco-íris”


Banana Yoshimoto conta-nos, através de uma linguagem simples e acessível a qualquer pessoa, a história de vida de uma jovem empregada de mesa que, no seu ver, tem o melhor emprego do mundo.
Eiko fica sozinha, depois da morte da sua avó e da sua mãe, e o seu mundo era, agora num restaurante em Tóquio, onde trabalha. O “Arco-Íris” (o tal restaurante), que confeciona comida originária do Taiti, adequando-se, assim, na perfeição, aos seus sonhos de Eiko.
O restaurante era acessível a todas as pessoas e era frequentado por clientes muito diversos: representantes do governo polinésio de visita turística, músicos, estudantes de dança taitiana ou gente que no passado viveu no Taiti. Eiko gostava imenso do contacto com os clientes, por isso adorava servir à mesa. Mas por vezes, o ritmo do trabalho era mais intenso, e ela chegava ao ponto de desmaiar devido ao cansaço pois, o Bairro de Tóquio situava-se no mais importante mercado de peixe da capital. O patrão convidou-a para se tornar governanta da sua casa, temporariamente, até ter forças para voltar ao “Arco-Íris”, que era o que ela mais queria.
Assim que chegou à casa do patrão, ficou a conhecer a sua patroa, era uma mulher fria e distante, conheceu também o cão e o gato, ambos como o mesmo nome, Tarô, que estavam doentes.
 Passado pouco tempo Eiko começa a ver que o casamento dos seus patrões não era muito estável e que o bebé de quem a patroa estava à espera nem era do seu patrão. 
Eiko dedica-se à limpeza da casa, e a tratar dos animais que ficam tão unidos que são eles que lhe vão dar força para ela poder voltar a trabalhar no restaurante. A aproximação do seu patrão, Takada, é cada vez mais evidente e ao mesmo tempo começa a crescer um amor entre eles.
Apesar de todo o amor que sentiam um pelo outro a questão do divórcio de Takada e a sua mulher não era, de todo, uma opção, então Eiko, triste e desiludida parte para o Taiti e outros destinos paradísicos.
E é aí que Eiko acaba por encontrar a estabilidade que não tinha desde a morte da sua avó e da sua mãe. Até que, na última noite em Bora Bora, decide enviar um fax para o seu patrão Takada. Que dizia: “ Vi o tubarão cor de limão. Era magnífico, exactamente como o senhor mo descreveu. Assim que regressar, telefono logo ao director, de maneira a poder retomar o mais depressa possível o meu trabalho no Arco-Íris. Verá que me vou esforçar ainda mais do que antes. Saiba, que apesar de eu não lho ter conseguido dizer pessoalmente, durante o período que estive em sua casa, também senti aquilo que o senhor sentia. Gostava muito de poder continuar a ver aquelas mesmas coisas e de trabalhar no duro juntamente consigo. Pela minha parte estou disposta a aceitar qualquer coisa.” Na manhã seguinte Eiko vai para o barco para voltar ao Japão, e nisto corre uma senhora a dizer que tem uma carta para ela, Eiko abre e reconhece a letra de Takada, que dizia para ela ligar para ele e que tinha saudades do gato Tarô e dela.
O livro acaba:
«Isto é um sinal do destino. Um sinal demasiado belo para ser verdade. Fixo na memória este panorama e depois não olharei para mais nada, deixarei que as coisas sigam o seu curso, pensei, quase a rezar. Enquanto isso, de olhar fito no céu, observava aquele pequeno arco-íris que brilhava imóvel.»
O livro é muito acessível e mostra-nos algumas realidades de diferentes países e culturas, o que se adequa na disciplina de Educação Intercultural.

Fála-nos da Tóquio e do Taiti, por exemplo, duas realidades e culturas bastante diferentes.


(Capa do livro)



(Autora do livro: Banana Yoshimoto)



(Cartaz do livro feito em Layar)

Publicado por: Ana Cardoso